O ex-presidente ainda não anunciou oficialmente, mas disse, para mais de uma liderança que a reportagem conversou, que apoiará o candidato do PSDB. Além disso, deixou a porta aberta para quem não concordar com a decisão.
A reportagem apurou que Bolsonaro não só fechou aliança, como assegurou que virá a Campo Grande para evento do candidato tucano.
A senadora Tereza Cristina (PP) conversa com o ex-presidente nesta quarta-feira, na tentativa de lhe fazer mudar de ideia, o que parece ser impossível, pelo menos até essa manhã.
A senadora chegou a receber garantia de Bolsonaro de que apoiaria Adriane Lopes (PP) e bateria o martelo nesta semana. Todavia, reconheceu que a entrada de Reinaldo Azambuja (PSDB) e Eduardo Riedel (PSDB) pode ter mudado os caminhos do PL.
A decisão de Bolsonaro de apoiar o PSDB desagradou parte do PL. O presidente do partido em Mato Grosso do Sul, Marcos Pollon, é um dos insatisfeitos. Ele chegou a lançar a pré-candidatura após a conversa dos tucanos com Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, avisando que agora o partido teria uma opção.
O anúncio de Pollon, feito em live, desagradou Bolsonaro e pode fazer ele perder a presidência do partido, já que a permanência deve ficar insustentável, visto que ele é contra a aliança pensada já com os olhos voltados para 2026, na dobradinha do PL com PSDB.
Pollon
O deputado federal Marcos Pollon deve perder a presidência do Partido Liberal em Mato Grosso do Sul. O partido pode ficar nas mãos do presidente municipal e amigo pessoal de Jair Bolsonaro, Tenente Portela.
A saída ocorre após protesto de Pollon contra acerto de Jair Bolsonaro com Reinaldo Azambuja (PSDB) e Eduardo Riedel (PSDB) para apoio ao candidato do PSDB em Campo Grande, Beto Pereira. Tenente Portela foi para Brasília nesta quarta-feira, quando devem conversar com Bolsonaro.
Pollon assumiu o partido, a mando do próprio Bolsonaro, no lugar do deputado federal Rodolfo Nogueira. Ele recebeu a missão de organizar o partido para a eleição e chegou a 40 pré-candidatos, na maioria contra as gestões do PSDB.
Pollon foi o primeiro pré-candidato do partido, mas desistiu, alegando que teria missão com o Proarmas em Brasília. Ele voltou a lançar candidatura na semana passada, justificando que não aceitaria a composição do PL com o PSDB na Capital.
A atitude de Pollon desagradou o diretório nacional, que deve escolher Portela para a função. Ele já foi indicado por Bolsonaro para assumir a presidência do diretório municipal em Campo Grande.
Portela chegou a ocupar a função de chefe da Defesa Civil na gestão de Adriane Lopes (PP), mas saiu para atender pedido de Bolsonaro, dizendo que o partido teria candidatura própria. Em seguida, lançou Rafael Tavares como pré-candidato, também com aval de Bolsonaro, mas depois retirou a candidatura de Tavares, alegando que atendeu a determinação do ex-presidente. Em seguida, lançou a pré-candidatura dele, para dias depois dizer que Bolsonaro quem indicaria o nome, retirando a própria pré-candidatura.
Tudo caminhava para um acerto entre Bolsonaro e a senadora Tereza Cristina, para apoio a Adriane. Todavia, na semana passada, Reinaldo e Riedel foram a Brasília e fecharam acordo com Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto.
Pollon foi contra, mas Portela não se manifestou. A reportagem apurou que Portela chegou a voltar de Brasília de carona com o grupo tucano, mas ele não respondeu a este questionamento.
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